Ao contrário dos cartazes de anos
recentes, o Entremuralhas de 2015 apresentava uma variedade desafiadora –
contrariamente à sempre generosa percentagem de bandas de dark e neo-folk, por
vezes em detrimento do número de bandas góticas propriamente ditas, o cartaz
deste ano propunha um ecletismo assinalável. Talvez dessa diversidade nascesse
um certo espírito de agitação saudável que pontuou o ambiente dentro do castelo
durante o último fim-de-semana de Agosto. De resto, e com as sucessivas e
bem-sucedidas edições, o público do Entremuralhas foi-se fidelizando,
perpassando gostos pessoais, alargando a sua abrangência a núcleos geográficos cada
vez mais presentes de ano para ano. Com setores do público falando inglês, espanhol,
francês, alemão, italiano, norueguês, e até russo, era de esperar três dias de
confraternização internacional, tanto nos terreiros como nos palcos.
A primeira noite do festival,
normalmente mais curta, a funcionar quase sempre como aperitivo, teve este ano
um pouco mais de tempo de antena, mais protagonismo, tendo a Fade In dado um
exemplo de coragem ao trazer de volta a figura no mínimo excêntrica da britânica
LENE LOVICH, antiga estrela do pop new wave,
vagamente inspiradora e instigadora do proto gótico, imagem que no alegre
espírito de 1979, esse ano maravilhoso que tornou o punk inteiramente
recuperado pelo sistema, ainda não era mais que uma vaga referência de
curiosidade de feira de diversões. A abrir a noite de 27, os portugueses PHANTOM
VISION deram o mote para a verdadeira essência gothic rock do festival Entremuralhas. Revisitar com classe, com
imaginação e visível domínio musical a tradição iniciada há mais de 30 anos
pela explosão britânica do género, é obra de igual coragem. Atuação totalmente
à vontade do grupo português, boa aceitação por parte do público que estava
entusiasta e sempre pronto para dar largas à sua animação.
De seguida entrou, de imediato na liça,
a italiana TYING TIFFANY; sem grandes artefactos cénicos, o que não significa
ausência de presença em cena, assim como energia e competência a toda a prova, TYING
TIFFANY, com o seu electro-pop gótico, animou as centenas de pessoas frente ao
palco, preparando-as para a euforia da LENE LOVICH BAND.
Veterana do pós-punk britânico, LENE
LOVICH atingiu a idade supostamente adequada à reforma, mas isso não é
argumento válido na sua visão das coisas. Divertida, comunicativa e performer a
100%, LOVICH revisitou durante mais de uma hora os seus hits dos anos 80,
garantindo uma boa justificação para uma parcela substancial do preço do passe
de entrada para os três dias do Entremuralhas. Por momentos fomos transportados
nas asas do som aos tempos em que a cantora britânica estava presente várias
vezes ao dia nas estações nacionais e locais de rádio deste país atlântico.
Graças à popularidade dos programas de autor em que figurava, a sua fama por cá
catapultou-se para níveis impensáveis na altura, e este terá sido sem dúvida um
dos melhores mercados de LENE LOVICH. Volvidos 35 anos, a juventude de origem e
idade variada presente neste regresso, retribui-lhe parte dessa mesma glória
passada. Musicalmente, o seu fairground gothic-pop
esteve bem enquadrado no espírito desta primeira noite do festival, e terá sido
no mínimo um fenómeno curioso de assistir, ver os que eram maioritariamente filhos
dos que a ouviam em 79, a trautear canções como “Bird”, “Lucky Number” e
“Home”. Em suma, um reencontro geracional que não podia encerrar o primeiro dia
do Entremuralhas de melhor maneira.
No cartaz para o segundo dia, o
interesse do Café Europa residia sobretudo na presença dos britânicos 6th COMM
do ex-Death in June e ex-Mother Destruction, PATRICK LEAGAS, sendo ele também a
figura do festival com quem tínhamos agendada a única entrevista a realizar, já
que dificilmente seria negociável uma entrevista formal com os eslovenos LAIBACH.
A segunda jornada do Entremuralhas
começava com uma substituição – na impossibilidade da neozelandesa Jordan Reyne
estar presente nesta edição, a entrada dos conimbricenses A JIGSAW, duo de folk
intimista, com toadas folk norte-americanas na maior parte dos seus temas, não
estando longe de Michael Gira, Lux Interna e King Dude, embora por vezes
relembrando grupos europeus como Spiritual Front ou Rome. Foi com esta solidez
toda que os A JIGSAW enfrentaram o, normalmente exigente mas receptivo, público
que enche a nave das ruínas da Igreja da Pena, com um som límpido, acústico mas
cheio de poder, pleno de intimidade da alma, invariavelmente arrancando da
assistência troadas de palmas sentidas. Os A JIGSAW
ficaram com a responsabilidade de uma substituição e isso significou aproveitar
ao máximo a oportunidade de brilhar.
Em formato duo, os portugueses abriram com "Red
Pony", canção retirada de “Like The Wolf” (registo de 2010), e apresentariam
ao longo da sua set-list a compilação
“No True Magic”, através de temas como "Them Fine Bullets", "No True Magic", "Without
The Prize" e "Hardly My Prayer". A segunda presença
nacional neste cartel do Entremuralhas 2015 saldava-se então por outro polegar bem
levantado, abrindo os portões para mais uma noite de boa música.
Quem iria encerrar os concertos desse dia na nave da
Igreja da Pena seriam os alemães KELUAR. Depois de uma recente passagem por
Portugal, os KELUAR entraram
forte com "Instinct", tema do single retirado do mais recente ep, “Panguna”,
o qual teve honras de destaque neste concerto, apresentando igualmente as
restantes canções "Panguna" e "Volition". Num concerto
demonstrador de competência e, porque não dizê-lo, espírito de festival, Sid Lamar e Alison Lewis garantiram um bom espetáculo que, para além do mais
recente ep, apresentou também alguns temas de “Vitreum”, disco editado
em junho do ano passado, e também do ep “Ennoa”, que assinalou a estreia
do duo nos registos de estúdio.
Sven, o agente de management dos 6th
COMM tinha-nos prometido uma conversa de alguns minutos com PATRICK LEAGAS, um
pouco antes do concerto, e durante as nossas deambulações pelo Castelo de
Leiria, ao descermos pelas escadarias que ligam o terreiro da Igreja da Pena à
entrada do castelo, encontrámos o próprio LEAGAS, que nos cumprimentou
afavelmente mas que, para nossa imensa pena, nos referiu que a entrevista já
não seria possível por falta de tempo.
Não só o atual duo tinha perdido algum
tempo a chegar do hotel ao castelo, como também, segundo nos foi mais tarde
revelado, o próprio PATRICK LEAGAS tinha sido atacado por um cão vadio, à
entrada do castelo, incidente que deixou todos os envolvidos com uma estranha
sensação, sendo esta a alegada última atuação dos 6th COMM, e
curiosamente a primeira em Portugal, em 29 anos de existência do grupo que foi
um rebento da matriz DiJ.
Mesmo assim, LEAGAS não declinou a
hipótese de assinar alguns dos seus discos no final do concerto, o qual,
malgrado todas estas contrariedades no dia da despedida dos 6th COMM,
resultou num dos melhores espetáculos dados em Portugal até ao momento, pelos três
elementos que fundaram os Death in June (para além de Patrick, o próprio
Douglas Pearce que ficou com os Di6, e também Tony Wakeford, à frente dos Sol
Invictus). A energia e concentração que LEAGAS evidencia em palco traduzem bem
o seu profissionalismo, mesmo usando backing
tracks no seu laptop, uma
característica que continua ainda a custar a entrar na cabeça de alguns elementos
do público português, cujas opiniões curiosas se tornam no mínimo risíveis,
nomeadamente quando resumem o espetáculo dado pelos 6th COMM a um
show de karaoke!
Reinterpretando, numa hora e pouco, os
grandes sucessos do grupo, e apresentando-se como velhos sobreviventes dos anos
80 (apontando igualmente para alguns dos presentes como companheiros de estrada
em matéria de idade), PATRICK e a sua atual companheira trouxeram de volta, com
uma urgência quase atlética que hipnotizou emocionalmente o público, temas
clássicos que já vinham dos tempos dos DiJ, como “Foretold”, “Born Again”, “Othila”
e “The Calling”, só para citar alguns da obra prima “Nada!”, ainda na companhia
de Douglas Pearce.
Sabendo que, alegadamente, este seria
o derradeiro concerto dos 6th COMM enquanto tais, só se pode
epitomar de Mágico todo este desfile de memórias, que corrobora a máxima literária
de que os melhores livros são aqueles que nos dizem exatamente aquilo que já
sabíamos, o mesmo se podendo aplicar ao adeus às armas dos 6th COMM
no nosso país e nesse espaço simbólico que é o Castelo de Leiria.
Como não assistimos ao concerto dos MOTORAMA,
registamos apenas a sua passagem pelo palco Alma, tendo o coletivo russo
alcançado a admiração de muitos presentes com quem trocámos impressões.
OS [:SITD:], cabeças de cartaz do dia dois do Entremuralhas,
foram os responsáveis por um concerto dinâmico e intenso, curiosamente
motivando opiniões contrárias. O registo eletro-industrial não está para
floreados e rendas góticas portanto, terá sido por isso que alguns elementos da
assistência se tenham afastado inicialmente, e por assim dizer como graça, do
moshpit. A abrir o Palco Corpo
nessa noite, os [:SITD:]
mobilizaram bem quem tem algumas costelas de industrial no corpo,
independentemente de precisarem ou não ir buscar mais uma cerveja, ou mais uma
deliciosa sandes de lombo ou simplesmente integrar as longas filas do WC. Não
generalizando os pontos fracos do género ou mesmo os traços menos conseguidos
do grupo, não se pode dizer que tenha sido sequer uma performance sofrível, e
aqui é que reside veramente o lado positivo desta edição do Entremuralhas –
obrigar os diferentes parti-pris a
conceder aos outros géneros alguma atenção e valor, e para isso, já sabemos que
não se tem necessariamente de estar encostado ao palco, a gritar ou a fazer mosh e outras actividades mais enérgicas
que, como bem se sabe, e passe mais uma vez a tirada humorística, não costumam
ter lugar neste festival.
O pressuposto da tolerância, presente no espírito
deste festival, vai obviamente ao encontro da aceitação de opiniões diferentes,
desde que devidamente comprovadas. Com isto, abre-se facilmente via aos
consensos, e elimina-se definitivamente as irritantes clivagens opinativas,
obstáculos frequentes à consagração dos diferentes eventos musicais no nosso país.
Estas palavras servem de introdução à performance dos franceses IGORRR,
estrelas da segunda noite e que fechavam naturalmente as atuações no palco
Corpo, no grande terreiro de entrada do Castelo de Leiria. Musicalmente, os IGORRR
valem o que são – um projeto interessante de fusão entre o electro-industrial
extremo (a fazer lembrar aquele subgénero de metal digital acelerado que no
final dos anos 90 assolou a Europa e ao qual os escribas de publicações
respeitáveis como a Terrorizer apelidavam de Gabba), e puros momentos de
inspiração gótica, nomeadamente pela voz da exuberante LAURE LE PRUNEREC e da
impressionante figura teatral de LAURENT LUNOIR. A estreia dos IGORRR em
Portugal, no Entremuralhas, motivava pelo menos bastante curiosidade, nalguns
casos, e total ansiedade noutros, a julgar pela histeria colectiva que pareceu
animar as hostes em frente ao palco.
Diz quem sabe que temas como "Scarlatti
2.0", retirado do álbum “Hallelujah”
de 2012, assim como outros do ep “Maigre”, de 2014, a “Nostril” (de 2010), sem esquecer os grandes êxitos como
"Pavor Nocturnus", "Excessive Funeral", "Infinite
Loop", "Tendon" e "Tout Petit Moineau", ou o final com
a fusão de "Half a Poney" e "Unpleadant Sonata" mostraram
os IGORRR no seu melhor. Terá
sido bastante lamentada a ausência de encore
dos IGORRR, depois de um concerto marcado pela intensa interação de LAURE com o público das primeiras
filas, mas GAUTIER SERRE e os
seus esbirros não regressaram, de resto uma infeliz mas necessária constante
nestas andanças do Entremuralhas, já que o tempo não perdoa e preside ao
desfile dos acontecimentos, com mão de ferro.
Pessoalmente, junto da equipa do Café Europa, um
momento muito interessante do festival, embora a banda nos pareça envolta
nalgum hype mediático. E assim nascia
um novo dia, o último do Entremuralhas 2015.
Para a derradeira jornada anunciavam-se para nós pelo
menos três bons motivos de interesse – o regresso dos AND ALSO THE TREES, os
dark-folkers alemães ART ABSCONs e mais uma vez em Portugal, os eslovenos LAIBACH,
recém-chegados de duas datas na Coreia do Norte. Relativamente aos restantes
elementos do cartaz de sábado 29, os seus nomes pouco nos diziam, como é óbvio,
não obstante ainda acabámos agradavelmente surpreendidos. Como também já é
hábito neste certame, as tendas de merchandising,
concretamente as da Equilibrium Music de Lisboa, e a Bunker Store do Porto,
continuaram este ano a ser motivo de alto interesse e provavelmente por causa
delas, o staff do Café Europa acabou
por perder os Ash Code e os A Dead Forest Index, sobretudo quando a
conversa começa a virar para o Metal extremo e as memórias de Hellhammer,
Bathory, Mercyful Fate, Venom e similares não param de afluir; relativamente
aos AND ALSO THE TREES, nada há a referir em especial – o público mais idoso
gostou de os rever e os mais novos receberam-nos com entusiasmo e respeito. Ficaram
bem no Entremuralhas, que lhes conferiu uma certa aura de respeitabilidade por
um grupo que se aguentou tantos anos sem vacilar e sem fazer desmesuradas
concessões às exigências do marketing,
que é como quem diz, dos trabalhadores do comércio. Se tivéssemos que fazer um
paralelo com a edição passada do festival, talvez o efeito fosse quase
semelhante ao conseguido pelos lendários The Legendary Pink Dots.
Restavam-nos três
bandas, uma das quais por nós desconhecida e que teve honras de fechar o
festival.
Relativamente aos dark-folkers
germânicos ART ABSCONs, foi uma boa surpresa vê-los ao vivo; será quiçá em
palco que a sua arte total e literalmente se revela. Canções misteriosas,
compostas dentro de um género de folk neoclássico, cantadas por Grandmaster
Abscon em alemão, e as quais receberam ovações entusiastas do público, com
gente empoleirada nas ameias da torre de menagem do castelo, e uma vasta
plateia no terreiro em frente ao palco Alma. A combinação da sonoridade
trovadoresca das canções com alguns dos aspectos cénicos que caracterizam os ART
ABSCONs, fizeram deste concerto um dos mais visuais e talvez o único que mais
se enquadrou na tradição dark-folk a que o Entremuralhas, sendo um festival
gótico, nos habituou.
A antecipação do concerto dos LAIBACH nem sequer se
fez sentir muito; com a descida das hostes pelos caminhos que ligam o terreiro
cimeiro ao principal, em baixo, onde está montado o palco Corpo, depressa se repetiram
as cenas de animação e convívio que afinal de contas definem este festival.
Conversas, reencontros, sandes, sopa e cervejas para todos, e no P.A., como Backdrop
musical, os temas do disco electrónico-barroco-ambiental dos LAIBACH, “The Art
of Fugue”, “Kunst der Fugue”, “A Arte da Fuga”, que muitos consideram ser meramente
um disco de versões de J.S Bach. Alguns
mais aventureiros, querendo encontrar um melhor spot para visionar o concerto, dispunham-se pelas encostas com
árvores e arbustos que ladeiam o terreiro e o palco, como testemunhas
emboscadas de um evento sem igual, alguns sentados na beira dum tronco cortado,
outros nas saliências de partes de raízes de árvores, outros ainda procurando
ingloriamente não escorregar sobre declives com ângulos de pouco mais de 90
graus, outros ainda tropeçando nas ditas raízes e estatelando-se na noite, na
altura em que quem assistia das laterais cimeiras podia vislumbrar a
progressiva afluência de gente para junto do palco, enquanto outros ainda se
encontravam cativos das longas filas para as deliciosas sandes de lombo. Há
alguém que se assusta e desequilibra, quase tombando sobre os que estavam
sentados à frente, ao passar próximo desta equipa, no momento em que um de nós
faz um movimento brusco com o braço – segundos depois é a namorada que
escorrega e cai sobre a curta minissaia gótica. No mesmo segundo ecoa o hino da
Eurovisão (e não o hino da Europa, como alguns mais jovens pensaram…), seguido
de “Eurovision”, o ominoso tema de “Spectre”, último álbum dos LAIBACH – e de
repente tudo que pudemos observar imediatamente antes, passa a fazer sentido, à
luz das actualidades. Salve-se quem puder – “Europe is falling apart”.
Esta passagem dos LAIBACH pelo Entremuralhas, só por
si equivale a uma chave de ouro, e não será apenas pela reinterpretação de
clássicos como “Leben Heisst Leben” ou “Tanz Mit Laibach”, ou de “B Maschina”
ou “Brat Moj” (este dos tempos primordiais do coletivo artístico oriundo da
pequena cidade montanhesa de Trebovlje); com efeito, ao vivo os temas de “Spectre”
ganham contornos mais definidos, mobilizando os nossos ouvidos e massa cinzenta
para uma compreensão mais afinada, sendo disso bom exemplo o entusiasmo da
turba ao acompanhar temas tão heterogéneos presentes em “Spectre”, como “The
Whistleblowers”, “Bossanova”, “Love on the Beat” (original de Gainsbourg), mas
também “Resistance is Futile”, o aterrador “No History” ou mesmo a fantástica
cover de “See That My Grave Is Kept Clean”, velha gema do bluesman negro Blind Lemon Jefferson.
Mas os LAIBACH são um coletivo artístico cuja
encarnação musical é essencialmente satírica e por isso a piada ditatorial de
dividir o público em duas partes e pedir que respondam em uníssono aos oh-oh-oh
e instruções pré-gravadas, pondo as centenas de pessoas a responder às ordens
de uma máquina digital, é por assim dizer a cereja em cima do bolo do “tongue
in cheek” totalitário. São líderes natos em quem não se pode confiar muito, na
mesma medida em que também não o fazíamos com os Monty Python.
E porque já tínhamos posto de lado a hipótese de
entrevistar os LAIBACH, já que a conversa planeada com PATRICK LEAGAS tinha
redundado em frustração por falta de tempo do próprio, eis quando nos chega
Júlio Rodrigo, nosso camarada do programa “concorrente” Arranca-Corações, com o
scoop inesperado de ter registado uns
minutos de conversa com um dos fundadores dos LAIBACH, o diplomático IVAN
NOVAK, entrevista essa que num gesto de imensa generosidade e camaradagem,
Júlio Rodrigo partilhou com o Café Europa e que poderão ouvir no podcast desta
emissão. Na entrevista Júlio Rodrigo questiona IVAN NOVAK sobre temas atuais da
vida dos LAIBACH, assim como sobre alguns aspectos para o futuro. O nosso “MUITO
OBRIGADO” ao Júlio Rodrigo e ao programa Arranca Corações, e que este continue
ainda por muitos mais anos.
Ainda emocionados por este arrasador terramoto musical,
que até podia ter fechado a edição deste ano do Entremuralhas, constatámos que
essas honras foram concedidas com justiça aos suecos AGENT SIDE GRINDER, um
grupo dos arredores de Estocolmo que faz um interessante cruzamento de memórias
do final dos anos 70 e início de 80 (Joy Division, Ultravox ainda com John Foxx,
Magazine, ou até os melhores momentos dos Depeche Mode). Um encerramento de
festividades adequado e que fechou elegantemente esta edição de 2015 do
Festival Entremuralhas.
A programação de 2016 já está a ser preparada e
resta-nos depositar a confiança de sempre no colectivo da Fade In, para que
continue a alimentar esta ideia da melhor forma, continuando a garantir ao
nosso país um dos seus melhores festivais de música a sério, e não para
brincar. Até para o ano, no “mesmo campo de férias” !